Hoje vamos falar dele, um craque que tem nome de filósofo e foi um dos maiores jogadores da seleção Brasileira e da nação Corintiana.
Ao pensar em grandes nomes do futebol brasileiro, é impossível não mencionar Sócrates Brasileiro Sampaio de Souza Vieira de Oliveira, mais conhecido apenas como Sócrates. Ele não foi apenas um jogador, mas uma personalidade marcante dentro e fora dos gramados. Vamos aprofundar na trajetória deste ícone que se destacou tanto por seu talento com a bola quanto por sua postura diante da sociedade.
Trajetória no Futebol
Nascido em 19 de fevereiro de 1954, em Belém, Pará, Sócrates começou a se destacar no futebol ainda jovem. No entanto, sua trajetória profissional ganhou projeção no Botafogo de Ribeirão Preto, onde se tornou ídolo e capitão do tempo.
Em 1978, transferiu-se para o Corinthians, clube que não se tornaria uma lenda. Durante sua passagem pelo Timão, ajudou o time a conquistar três Campeonatos Paulistas (1979, 1982 e 1983) e fez mais de 170 gols, desempenhando um futebol de técnica, visão de jogo e passes precisos.
Sua aparência no campo, caracterizada por um estilo de jogo cerebral, rendeu-lhe o apelido de "Doutor", uma referência também ao seu diploma em Medicina.
Seleção Brasileira
Pela seleção brasileira, Sócrates disputou 60 jogos e marcou 22 gols. Representou o Brasil em duas Copas do Mundo, em 1982 e 1986. A equipe de 1982, da qual fazia parte ao lado de jogadores como Zico, Falcão e Cerezo, é frequentemente lembrada como uma das melhores seleções que não conquistaram o Mundial, sendo derrotada pela Itália em uma partida icônica nas quartas de final.
Ativismo e Legado Fora dos Gramados
Mas Sócrates não foi apenas um jogador. Ele era um ativista político, conhecido por sua luta pela democracia durante o regime militar no Brasil. No Corinthians, foi um dos líderes da “Democracia Corinthiana”, movimento que dava voz aos jogadores nas decisões do clube, rompendo com o autoritarismo então vigente no futebol.
Formado em Medicina, o "Doutor" sempre apresenta preocupação com questões sociais e políticas. Utilize sua visibilidade para debater temas importantes, como as Diretas Já, campanha pela volta das eleições diretas para presidente no Brasil.
Fim de uma Era
Sócrates faleceu em 4 de dezembro de 2011, aos 57 anos, deixando um legado que transcende os campos de futebol. Ele é lembrado não apenas como um dos maiores meio-campistas da história, mas também como um ícone cultural e político do Brasil.
Em resumo, Sócrates personifica a união entre esporte e ativismo, demonstrando que um atleta pode, e deve, ter voz ativa na sociedade. Seu legado é uma inspiração para jogadores e fãs, mostrando que o futebol pode ser uma plataforma poderosa para a mudança social.