Veja como estão os 12 estádios construídos ou reformados para receber a Copa do Mundo de 2014
Lembra daquela euforia que tomou conta do Brasil em 2014? Pois é, a Copa do Mundo foi um evento marcante, e os estádios construídos ou reformados para o torneio foram um dos grandes legados. Mas já parou para pensar em como estão os estádios da Copa, dez anos depois?
Preparamos uma lista com informações sobre cada estádio que sediou o Mundial, incluindo o custo médio de cada obra e como estão hoje em dia. Mineirão, Maracanãe Castelão são alguns exemplos. Confira!
[+] Leia também: Os dez Estádios de Futebol Mais Icônicos do Mundo
Veja os estádios da Copa dez anos depois:
1 - Arena Castelão (Fortaleza)
Segundo os dados divulgados na época, a reforma custou cerca de R$ 518 milhões. O resultado final agradou o público, já que a estrutura foi foi modernizada e a capacidade de torcedores também foi atualizada para 31.375.
Mas e hoje? Atualmente o local é utilizado por times como Fortaleza e Ceará, mas também atuam clubes da Série C, como Floresta e Ferroviário.
Uma das principais dificuldades é em relação ao gramado do estádio, que não consegue apresentar bom nível.
2 - Arena Corinthians (Neo Química Arena)
Entre os estádios da Copa dez anos depois, também podemos ver a Neo Química Arena (nome atual), em São Paulo. Ao contrário de outros, que passaram apenas por reforma, o estádio do Timão ainda precisou ser construído - o que resultou na obra mais cara e também a mais atrasada.
Para se ter ideia, o valor investido foi de aproximadamente R$ 1,6 bilhão. Além disso, um mês antes do início do Mundial, o estádio ainda não tinha todas as permissões necessárias para atuar. Em meio ao caos, o clube do Corinthians ainda convive com dívidas para arcar com os custos.
Em 2024, a Arena está em boas condições, com eventos frequentes e um público fiel. Mas a pergunta que fica é: o estádio conseguirá se pagar nos próximos anos, considerando os altos custos de manutenção?
3 - Arena da Amazônia (Manaus)
Embora a obra tenha sido cara, foi importante para a ascensão do futebol no Estado do Amazonas, capaz de oferecer uma experiência inédita não apenas para os clubes locais, mas também para o público nas arquibancadas.
Sua estrutura foi um dos pontos de destaque - projetada com inspiração na floresta amazônica, além de ter maior ventilação natural, pensando justamente no clima da região. Apesar disso, a localização foi alvo de críticas, já que a construção foi feita em local remoto.
Hoje, a Arena da Amazônia enfrenta problemas estruturais, principalmente em relação à iluminação, que está há anos comprometida. O espaço é subutilizado e recebe alguns eventos.
4 - Arena da Baixada – Ligga Arena (Curitiba)
Atualmente conhecida como Ligga Arena, a antiga Arena da Baixada também foi palco para os jogos da Copa.
De propriedade do Athlético-PR, a reforma custou cerca de R$ 391 milhões e foi concluída em 2014, mas gerou confusão até o ano passado entre o clube e a prefeitura da cidade.
Em 2024, o estádio é um dos mais utilizados entre os que foram construídos para o evento. Sua capacidade de público é para 42.372 pessoas. Sem dúvida, um dos melhores estádios da Copa dez anos depois do evento.
5 - Arena das Dunas (Natal)
A arena tinha fama de ser o “elefante branco” entre os estádios selecionados para a Copa do Mundo, mas vem conseguindo superar o paradigma.
Atualmente, além de ser utilizada para o futebol, também recebe eventos culturais diversos e atividades infantis.
[+] Leia também: Tiro ao pombo e mais: conheça 7 esportes bizarros que já entraram nas Olimpíadas
6 - Arena Fonte Nova (Salvador)
Reconstruída especialmente para a Copa, a Arena Fonte Nova custou quase R$ 700 milhões, sendo um dos mais elogiados em 2014, representando o principal palco do futebol baiano. Na Copa, o estádio foi palco também de goleadas.
Atualmente, continua sendo um dos estádios mais importantes desde o fim do Mundial, mas também enfrenta problemas com a manutenção.
7 - Arena Pantanal (Cuiabá)
A obra custou mais de R$ 500 milhões e sua estrutura também foi elogiada. Atualmente o espaço é muito bem utilizado e, além de sediar partidas de futebol, também é palco para outros tipos de eventos, principalmente relacionados à cultura.
8 - Arena Pernambuco – (Recife)
A Arena Pernambuco, em Recife, custou cerca de R$ 532 milhões e foi uma das apostas para revitalizar o futebol local. Apesar disso, as expectativas acabaram não sendo cumpridas e a obra não foi muito bem recebida pela população.
O estádio tem lutado para atrair grandes eventos, com o Náutico sendo o principal usuário até 2018. Apesar dos esforços, a falta de público constante levanta dúvidas sobre a sustentabilidade do projeto a longo prazo.
9 - Estádio Beira-Rio (Porto Alegre)
O estádio foi inaugurado em 1969 e, para receber o Mundial, precisou passar por uma ampla reforma. As obras custaram R$ 300 milhões e tiveram início em 2012, com duração de dois anos.
Entre suas principais mudanças, o projeto contemplou a reformulação na cobertura do espaço - que passou a ser fechada em todo o setor superior. Hoje, está entre os mais utilizados estádios dez anos depois.
Para se ter ideia, já foi palco para amistosos da Seleção Brasileira, além das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2022. Ainda assim, também sofre problemas com sua estrutura.
[+] Leia também: Maiores recordes olímpicos da história: conheça 4 atletas que deixaram sua marca
10 - Estádio do Maracanã (Rio de Janeiro)
O “Maraca”, como é carinhosamente chamado, está localizado no Rio de Janeiro e é um dos mais apreciados no mundo. Antigo, o local foi inaugurado em 1950 e também passou por intensa reforma para receber jogos da Copa.
A obra também foi uma das mais caras na época, custando pouco mais de R$ 1,05 bilhão - mesmo que o estádio tivesse sido reformado pouco antes, quando recebeu os Jogos Pan-Americanos, apenas um ano antes.
Atualmente, o Maracanã é administrado pelo consórcio entre Flamengo e Fluminense.
11 - Estádio Nacional Mané Garrincha (Brasília)
Entre os maiores estádios da Copa, dez anos depois, está também o Mané Garrincha. Para se ter ideia, o local tem capacidade para 72.788 pessoas, e a obra também custou mais de R$1 bilhão.
Embora seja um dos maiores - em espaço e investimento - durante muito tempo o estádio lutou para não se tornar também um elefante branco.
O cenário mudou apenas depois de fechar contrato com a Arena BRB - quando o estádio passou a ser chamado de Arena BRB Mané Garrincha.
12 - Mineirão (Belo Horizonte)
O Mineirão está também entre os maiores estádios da Copa, dez anos depois. Foi lá que o Brasil sofreu a goleada da Alemanha, nos inesquecíveis 7 a 1.
Apelidado “Gigante da Pampulha”, a arena foi tombada como Patrimônio Cultural do Município de Belo Horizonte, no ano de 2003. Sua reforma para receber o Mundial teve o custo de aproximadamente R$ 695 milhões.
Atualmente o estádio abriga apenas os jogos do Cruzeiro, já que o Galo - com quem a raposa compartilhava o estádio - construiu seu próprio espaço.
Foto de capa: Reprodução/ Drone Daniel Meneses/Secom-MT
