Marcas estão investindo cada vez mais na compra de naming rights

Você já ouviu falar em naming rights? A prática tem se tornado cada vez mais comum entre empresas, como uma estratégia de marketing capaz de alavancar sua influência e lucro.

Embora teatros, casas de show e cinemas também tenham adotado a estratégia, a venda de naming rights em estádios de futebol tem se apresentado como a “moda” do momento.

Quais os benefícios?

benefícios naming rights
Foto: Pexels

Traduzindo, o termo significa “direitos de nome”. Na prática, significa que marcas podem comprar os direitos para incluir seus nomes em locais específicos, com o objetivo de atingir o público que frequenta o ambiente.

Cada contrato apresenta cláusulas específicas, além de considerar fatores como características do local, potencial de negócio e até mesmo o contexto histórico no qual o local está inserido. Tudo isso contribui para a elaboração dos melhores acordos e estratégias de marketing. 

Bastante comum nos Estados Unidos e em países da Europa, a estratégia já é utilizada há décadas também no Brasil - prova disso foi o clássico Credicard Hall, que por mais de duas décadas dominou a cena do entretenimento em São Paulo.

Apesar de não ser novidade, especialistas afirmam que a venda de direitos ainda é “embrionária” no país, com um grande potencial para crescer e gerar ainda mais publicidade e receita para as empresas envolvidas. 

Athlético foi o primeiro a vender naming rights

naming rights kyocera arena de 2005 a 2008
Registro da antiga Kyocera Arena (Foto: Reprodução/ Internet)

No Brasil, o time do Athletico Paranaense foi pioneiro. Em busca de novas fontes de renda, em 2005, o Furacão anunciou a venda dos naming rights da Arena da Baixada para a empresa japonesa Kyocera Mita America.

Assim, o estádio passou a se chamar “Kyocera Arena” e a empresa desembolsou 1,5 milhão de dólares por ano, até o fim do contrato em 2008.

Passados 15 anos, em 2023, o Athletico voltou a vender os direitos de nome do estádio, agora para a Ligga Telecom, o que fez a Baixada ser rebatizada para “Ligga Arena”. 

Com isso, o objetivo foi fazer com que o espaço fosse preparado para outros grandes eventos, transformando-o em uma arena multiúso. 

Negócio milionário 

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Estádio foi rebatizado para "MorumBis" (Foto: Reprodução/ Internet)

Para se ter ideia, cerca de um terço dos estádios de times do Brasileirão já contam com acordos de naming rights, a exemplo do São Paulo (MorumBis), Corinthians (Neo Química Arena), Palmeiras (Allianz Parque), Athletico PR (Ligga Arena) entre outros. 

Um dos maiores acordos fica com o estádio do Morumbi, que passou a ser chamado de MorumBis após contrato fechado com a Mondelez - que desembolsa cerca de R$ 25 milhões por ano. 

Além disso, também vale mencionar os contratos com o Pacaembu - que teve seus naming rights vendidos para o Mercado Livre e passou a ser chamado de Mercado Livre Arena Pacaembu, e a Arena Palmeiras, que passou a ser chamada de Allianz Parque

Flamengo pode receber R$ 1 bilhão por naming rights

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Projeto do novo estádio do Flamengo (Foto: Reprodução/ Internet)

Ainda em meio a negociações e rumores que envolvem a construção de um novo estádio, o Flamengo sonda a possibilidade de receber cerca de 1 bilhão pela troca de naming rights, dentro do período de 25 anos. 

O valor integra o plano para captar recursos, já que a estimativa é que a construção do estádio tenha um investimento entre R$ 1,5 bilhão e R$ 2 bilhões. A nova casa Rubro-Negra será no Gasômetro, no centro do Rio de Janeiro.

Confira os detalhes sobre acordos com os maiores times do país

Pacaembu

  • Novo nome: Mercado Livre Arena Pacaembu
  • Empresa responsável: Mercado Livre
  • Data de aquisição: janeiro 2024
  • Valor anual: R$ 33 milhões 

Morumbi

  • Novo nome: MorumBis
  • Empresa responsável: Mondelez (Bis)
  • Data de aquisição: janeiro 2024
  • Valor anual: R$ 25 milhões 

Mané Garrincha 

  • Novo nome: Arena BRB Mané Garrincha 
  • Empresa responsável: BRB
  • Data de aquisição: janeiro de 2022
  • Valor anual: R$ 2,5 milhões 

Arena da Baixada

  • Novo nome: Ligga Arena
  • Empresa responsável: Ligga Telecom
  • Data de aquisição: junho de 2023
  • Valor anual: R$ 13,3 milhões 

Arena Corinthians

  • Novo nome: Neo Química Arena
  • Empresa responsável: Neo Química
  • Data de aquisição: setembro de 2020
  • Valor anual: R$ 15 milhões

Arena Atlético-MG

  • Novo nome: Arena MRV
  • Empresa responsável: MRV
  • Data de aquisição: setembro de 2017
  • Valor anual: R$ 6 milhões

Arena Palmeiras

  • Novo nome: Allianz Parque
  • Empresa responsável: Allianz 
  • Data de aquisição: junho de 2013
  • Valor anual: R$ 15 milhões

Arena Fonte Nova

  • Novo nome: Itaipava Arena Fonte Nova
  • Empresa responsável: itaipava
  • Data de aquisição: abril de 2013
  • Valor anual: R$ 10 milhões

Foto de capa: Imagem ilustrativa/ Pexels

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