Descubra tudo sobre o Goalball, o esporte paralímpico criado para atletas com deficiência visual

Imagine um esporte paralímpico onde o som é a principal ferramenta para jogar, onde a concentração e o trabalho em equipe são essenciais, e cada lance traz uma dose de emoção e estratégia. Este é o Goalball, uma das modalidades mais fascinantes e inclusivas dos Jogos Paralímpicos. Criado especialmente para atletas com deficiência visual, a modalidade é muito mais do que um simples jogo; é uma celebração da superação, da resiliência e do espírito esportivo. Neste artigo, vamos explorar a história do Goalball, suas regras e o impacto transformador que ele tem tido nas vidas de atletas ao redor do mundo.

Quadra de Golbol nos Jogos Paralímpicos de 2016
Quadra de Golbol nos Jogos Paralímpicos de 2016 | Foto: Reprodução

A origem do Goalball: 

O Goalball nasceu em 1946, logo após a Segunda Guerra Mundial, como uma forma de reabilitação para soldados que perderam a visão durante o conflito. Criado pelos austríacos Hans Lorenzen e Sepp Reindle, o esporte foi concebido para ser uma atividade inclusiva que promovesse o bem-estar físico e mental de pessoas com deficiência visual. Com o passar dos anos, o Goalball evoluiu e, em 1976, estreou nas Paralimpíadas de Toronto como um esporte de exibição. Desde então, o Goalball se firmou como uma modalidade oficial paralímpica, crescendo em popularidade e relevância entre os atletas paralímpicos e o público em geral.

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Como o Goalball é jogado: 

No Goalball, duas equipes de três jogadores cada se enfrentam em uma quadra de 18 metros de comprimento por 9 metros de largura, visando marcar gols no time adversário. Todos os jogadores usam vendas nos olhos, garantindo igualdade de condições, independentemente do grau de deficiência visual. A bola utilizada possui guizos internos, permitindo que os atletas a localizem pelo som.

O jogo é marcado por uma intensa estratégia e comunicação entre os jogadores. Cada time deve tanto defender sua baliza, de nove metros de largura, quanto atacar o adversário arremessando a bola com força e precisão. Uma característica única do Goalball é o silêncio exigido do público durante as partidas, para que os jogadores possam se concentrar e ouvir a bola. Esta dinâmica torna o Goalball um dos esportes paralímpicos mais emocionantes e desafiadores.

Atletas de goalball durante os Jogos Paralímpicos Rio 2016
Atletas de goalball durante os Jogos Paralímpicos Rio 2016 |Foto: CPB/MPix/Reprodução

O Goalball é um dos poucos esportes criados exclusivamente para atletas com deficiência visual, o que o torna uma modalidade fundamental de inclusão e representatividade no esporte paralímpico. Ele promove o desenvolvimento de habilidades sensoriais, como audição e percepção tátil, e ajuda a melhorar o condicionamento físico e a coordenação motora dos atletas.

Classificação dos Atletas no Goalball: 

No Goalball, os atletas com deficiência visual são classificados nas categorias B1, B2 e B3. Independentemente do grau de perda visual, todos os jogadores usam vendas durante as partidas para garantir que todos tenham igualdade de condições. 

  • B1: atletas cegos totais ou com percepção de luz sem capacidade de reconhecer o formato de uma mão a qualquer distância.
  • B2: atletas com percepção de vultos.
  • B3: atletas que conseguem distinguir imagens e formas com certa clareza.
Atletas de goalball nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020
Atletas de goalball nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020 | Foto: Reprodução

Goalball – Muito Mais que um Esporte Paralímpico

O Goalball é muito mais do que uma modalidade esportiva; ele é um símbolo de inclusão, superação e resiliência. Nas Paralimpíadas, o esporte demonstra o poder transformador do esporte na vida das pessoas, celebrando não apenas vitórias e medalhas, mas também a capacidade humana de vencer desafios e romper barreiras. Em um mundo onde a inclusão é cada vez mais necessária, o Goalball se destaca como uma lição de vida, de respeito ao próximo e de celebração das diferenças que nos tornam únicos.

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