Nesta reportagem, exploramos o dilema do Doping no esporte e como isso afetou as carreiras de figuras notáveis ​​no cenário esportivo.

Em competições nacionais e internacionais, alguns nomes brilharam intensamente, conquistando títulos e reconhecimento em suas respectivas modalidades. 

Entre essas personalidades de renome, encontramos figuras como Cesar Cielo, Daiane dos Santos, Giba e muitos outros. No entanto, essas carreiras também foram marcadas por controvérsias relacionadas ao Doping.

O que é Doping?

Doping é o uso de substâncias para melhorar o desempenho esportivo, trazendo vantagens físicas e psicológicas aos concorrentes. Essa prática é fortemente repudiada pelas federações esportivas e ameaça a integridade de outros atletas "limpos". O exame AntiDoping já revelou inúmeros escândalos no esporte. 

O Primeiro Caso de Doping no Brasil

O primeiro caso de Doping no Brasil remonta a 1973, quando o jogador de futebol Cosme da Silva Campos, também conhecido como Campos, testou positivo para Efedrina. Mesmo alegando ter ingerido a substância por engano durante um tratamento odontológico, Campos foi condenado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva.

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Campo em 1977 | Foto:Terceiro Tempo/Reprodução

 César Cielo 

Considerado uma lenda da natação brasileira e um dos maiores nadadores brasileiros de todos os tempos, Cielo enfrentou uma desilusão com o teste positivo para furosemida em 2011, resultando em uma advertência do Tribunal Arbitral do Esporte (TAS).

César Cielo alegou uma possível contaminação de suplementos, inclusive, na época, uma farmácia de manipulação que produzia suplementos para o atleta assumiu a culpa afirmando que havia causado uma contaminação das cápsulas de cafeína ingeridas pelo atleta.

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Cesar Cielo em Pequim | Foto: Getty Images/Reprodução

Daiane dos Santos

Outra grande personalidade do esporte brasileiro, a ginasta Daiane dos Santos, também teve seu nome associado a um caso de Doping em 2009, quando testou positivo para a mesma substância do caso de Cesar Cielo, a furosemida. Daiane alegou, na época, que a contaminação aconteceu durante um tratamento estético e que não teve a intenção de melhorar seu desempenho já que estava se recuperando de uma cirurgia no joelho.

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Daiane dos Santos | Foto: Pinterest/Reprodução

Giba

Multicampeão pela Seleção Brasileira e um dos melhores jogadores de vôlei de todos os tempos. Ele foi o 14º brasileiro a integrar o Hall da fama do vôlei.

O lendário Giba, também causou uma polêmica relacionada ao Doping. Em 2002, ele testou positivo para Cannabis Sativa, popularmente conhecida como maconha, enquanto jogava no Ferrara, Clube Italiano.

Na época, Giba foi punido com oito jogos de suspensão pela Federação Italiana de Vôlei, ficando cerca de dois meses fora das quadras.

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Giba | Foto: Estadão/Reprodução

Tandara Caixeta 

Outro caso no Vôlei foi  de Tandara Caixeta, uma jogadora que brilhou intensamente nas quadras. Ela foi suspensa por quatro anos após testar positivo para o Modulador Hormonal Ostarina, uma substância proibida pela Agência Mundial de Antidoping, devido a seus efeitos no aumento muscular e na performance atlética. Com a suspensão, a jogadora ficou impedida de jogar vôlei até 2025.

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Tandara Caixeta | Foto: Reprodução

Maurren Maggi 

Ela é amplamente conhecida por suas conquistas no salto em distância e suas realizações no atletismo. Maurren Maggi foi a primeira mulher brasileira a conquistar uma medalha de ouro Olímpica no Atletismo.

No entanto, sua carreira também teve um episódio marcante relacionado a um exame AntiDoping em 2003, onde foi flagrada com a substância Clostebol, que aumenta a força e potência muscular.

Maggi alegou que a substância surgiu após a utilização do creme de cicatrização, Novaderm, usado em uma sessão de depilação permanente. Ela foi suspensa por dois anos.

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Maurren Maggi | Foto: Reuters/Reprodução

A Dura Punição de Rebeca Gusmão

Rebeca Gusmão, nadadora promissória, viu sua carreira encurtada em 2007, quando testou positivo para testosterona nos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro. Ela tentou se defender no Tribunal Arbitral do Esporte, mas acabou banida do esporte e perdeu todas as suas conquistas a partir de julho daquele ano.

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Rebeca Gusmão | Foto: Reuters/Reprodução

Thiago Braz

Um caso recente de atleta pego no Doping, foi do saltador com vara, Thiago Braz, que testou positivo para também para a mesma substância encontrada no caso de Tandara, a Ostarina. Thiago pode ser punido por até 4 anos e ficar fora das olimpíadas de Paris 2024.

O momento mais destacado da carreira de Thiago ocorreu nas Olimpíadas do Rio de Janeiro em 2016, quando conquistou a medalha de ouro no salto com vara, derrotando o favorito Renaud Lavillenie da França, um recorde olímpico de 6,03 metros.

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Thiago Braz | Foto: Reuters/Reprodução

O que esses casos evidenciam?

Os inúmeros casos de doping que permeiam o cenário esportivo mundial não são apenas um reflexo da incessante busca por excelência e superação de limites, mas também evidenciam falhas sistêmicas, a urgência por educação e conscientização, e o impacto duradouro na integridade do esporte.

Essas ocorrências destacam a necessidade premente de estratégias eficazes de prevenção, fiscalização rigorosa e punições severas para garantir um campo de jogo justo e proteger a saúde dos atletas. Ao mesmo tempo, ressaltam a importância de cultivar valores éticos e promover um ambiente esportivo onde a verdadeira essência do esporte prevaleça: a celebração do talento, do esforço árduo e do espírito esportivo.

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