Conheça um pouco mais sobre a história da Libertadores Feminina e a participação brilhante do Brasil
A história da Copa Libertadores Feminina teve início em 2009, quando a Conmebol realizou a primeira edição do torneio que, hoje, é considerado o maior e mais importante campeonato de clubes femininos da América Latina.
Além de representar um esporte que é paixão nacional, o campeonato também evidencia o domínio brasileiro. Para se ter ideia, das 15 edições já realizadas, apenas 3 equipes de fora do Brasil levaram o título: Colo-Colo, do Chile, em 2012; Sportivo Limpeño, do Paraguai, em 2016; e Atlético Huila, da Colômbia, em 2018.
As outras 12 edições foram vencidas por clubes brasileiros, sendo o Corinthians o maior campeão. Como se não bastasse, o time ainda está na final da edição de 2024 da Copa Libertadores Feminina.
O duelo final acontece no dia 19 de outubro, contra o Santa Fé, e as Brabas podem conquistar seu pentacampeonato.
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Um pouquinho de história
Realizada anualmente desde 2009, pela Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), o torneio já foi responsável por revelar grandes nomes do esporte.
Embora esteja conquistando cada vez mais espaço, a competição nasceu em meio a um cenário ainda muito masculino. Consequentemente, resultou em desafios que esbarram na falta de investimento e de atenção da própria instituição.
A ideia de desenvolver a Libertadores feminina partiu de Marcelo Teixeira, então presidente do Santos. Com os bons resultados do clube, conseguiu pressionar a CBF a convencer a Conmebol a realizar a competição e também ficou responsável por questões relacionadas ao patrocínio.
Foi então que o Santos reuniu nomes já consagrados na Seleção Feminina, como Marta, Cristiane, Aline Pelegrino, Maurine, Érika e vários outros. Vale destacar que elas já haviam chegado na final das Olimpíadas do ano anterior, e também da Copa do Mundo, dois anos antes.
A primeira edição contou com a participação de 10 times, sendo as equipes campeãs de cada país membro. Mas com uma seleção de craques, como já era esperado, o Santos venceu as duas primeiras edições - em 2009 e 2010.
Para se ter ideia, logo na edição de estreia, a artilheira Cristiane marcou 15 gols, em seis partidas. Apesar das primeiras conquistas, o clube ficou apenas no bicampeonato.
Atualmente, o Corinthians é o clube com mais títulos no torneio - 4 até o fechamento desta matéria. Vale destacar que as "brabas" (como são apelidadas) já garantiram vaga também na final da edição deste ano, que acontece neste sábado (19), a partir das 19h, contra o time de Santa Fé, da Colômbia. E aí, será que vem mais um título?
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Formato da Copa Libertadores Feminina
Diferente da Libertadores Masculina, a Copa Libertadores Feminina é disputada por apenas 16 times, que são divididos em quatro chaves e passam por uma fase classificatória.
Na fase inicial, as equipes disputam apenas dentro do mesmo grupo e cada clube se enfrenta uma vez. Os dois melhores de cada chave avançam para as quartas de final.
É aí que começa o mata-mata, quando as decisões acontecem em jogos únicos e seguem assim até a final da competição - ao contrário do que acontece no formato masculino, onde são realizados jogos de ida e volta.
Assim, por ter uma quantidade menor de jogos e de times disponíveis, naturalmente a competição dura menos tempo.
Veja como estão os títulos por equipe até o momento:
TIME | PAÍS | TÍTULOS | QUANDO VENCERAM |
Corinthians | BR | 4 | 2017*, 2019, 2021 e 2023 |
São José - SP | BR | 3 | 2011, 2013 e 2014 |
Santos | BR | 2 | 2009 e 2010 |
Ferroviária - SP | BR | 2 | 2015 e 2020 |
Palmeiras | BR | 1 | 2022 |
Colo-Colo | CHI | 1 | 2012 |
Sportivo Limpeño | PAR | 1 | 2016 |
Atlético Huila | COL | 1 | 2018 |
*Título conquistado pelo Corinthians durante parceria com o Audax
Foto de capa: Rodrigo Gazzanel/ AG. Corinthians